terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dilma, em Davos, ressalta combate à pobreza e à desigualdade social

 

24/1/2014 13:00
Por Redação, com agências internacionais - de Davos, Suíça


Em sua estreia no Fórum Econômico Mundial, em Davos, a presidenta Dilma Rousseff deixou em seu discurso, nesta sexta-feira, uma mensagem de segurança para os investidores, com destaque para a construção de um Brasil “menos desigual”, um dos principais temas em discussão no evento deste ano. Dilma destacou ações do governo para a redução das dívidas e o equilíbrio das contas públicas e afirmou que o país “tem na flutuação cambial sua principal linha de defesa”. Dilma propôs “fortalecer o preceito da responsabilidade fiscal” e destacou que, “no Brasil, possuímos um sistema financeiro sólido”. Segundo ela, os bancos desempenharam papel importante nos últimos anos”.
O esperado convite para os investidores foi feito, a fim de cumprir sua agenda para a atração de recursos externos. Além de passar, em sua fala, a existência no Brasil de um “mercado atrativo e seguro”, Dilma falou com todas as letras:
– O Brasil é uma das mais amplas fronteiras de oportunidades de negócios. Meu governo adotou medidas para facilitar esse cenário. Aspectos da conjuntura recente não devem obscurecer essa realidade. Sempre recebemos bem o investimento externo. O Brasil mais que precisa e mais que quer parcerias com o setor privado e convida todos a ela – disse a mandatária.
Dilma falou para uma platéia lotada de empresários, em Davos
Dilma falou para uma plateia lotada de empresários, em Davos
A presidenta também ressaltou ações sociais colocadas em prática pelo governo do PT, relacionando programas de transferência de renda, habitação e educação.
– Esse Brasil menos desigual, ainda menos desigual, está sendo construído – afirmou.
Dilma relatou, em seguida, avanços sociais como a retirada de 42 milhões de pessoas da pobreza.
– Criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida, com novas esperanças, desejos e demandas. O Brasil tem experimentado uma profunda transformação social. Estamos nos tornando uma nação dominantemente de classe média – acrescentou.
Durante seu pronunciamento, para uma plateia de empresários, Dilma lembrou aos líderes políticos e econômicos presentes que os mercados emergentes têm papel estratégico no desenvolvimento mundial e que é “apressada” a tese de que esses países perderão dinamismo. Dilma finalizou seu discurso garantindo que o país está “preparado” para Copa do Mundo e convidando todos para o Mundial, que ela voltou a chamar de “Copa das Copas”.
Em sua fala, Dilma disse que as despesas do governo federal estão sob controle e disse que a meta do superavit primário de 2014 será condizente com a política de redução do endividamento público. Segundo afirmou, o objetivo do governo é tornar e economia brasileira cada vez mais competitiva, o que demanda uma gestão cada vez melhor dos recursos públicos, reduzindo a burocracia.
Mais cedo, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o ciclo de aperto iniciado no ano passado ajudou reduzir a inflação no país, mas que é preciso avançar nessa direção.
Segundo Dilma,
as economias emergentes vão continuar desempenhando um papel fundamental na economia do mundo. Ela também comentou, durante o discurso, sobre as manifestações ocorridas em 2013, “indispensáveis no processo de construção da democracia”.

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