Telescópio detecta ondas de choque de uma explosão estelar pela primeira vez
A equipe da Nasa analisou imagens capturadas por Kepler a cada 30 minutos, durante três anos, de 500 galáxias distantes (que incluem cerca de 50 trilhões de estrelas)
A equipe de pesquisadores, liderada por Peter Garnavich, astrofísico da Universidade de Notre Dame em Indiana, analisou imagens capturadas por Kepler a cada 30 minutos durante um período de três anos de 500 galáxias distantes (que incluem cerca de 50 trilhões de estrelas). Segundo a Nasa, duas estrelas supermassivas explodiram, mas apenas uma pode ser capturada por Kepler, uma vez que a estrela menor possivelmente estava coberta por gás, o que escondeu o fenômeno. "Para ver algo que acontece em uma escala de tempo de minutos, como essas ondas vindas da explosão, você precisa ter uma câmera monitorando continuamente o céu. Você não sabe quando uma supernova irá explodir e a vigilância de Kepler permitiu testemunharmos o início das ondas de choque", disse Garnavich à Nasa.
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"Todos os elementos pesados do universo vêm de explosões de supernovas. Por exemplo, toda a prata, níquel e cobre na Terra e até mesmo em nossos corpos vieram da explosão de estrelas. A vida existe por causa de supernovas", disse Steve Howell, cientista do projeto Kepler da NASA. A pesquisa foi aprovada para publicação na revista científica Astrophysical Journal.
Explosão estelar - Supernova é o nome dado à explosão de estrelas com dez vezes (ou mais) a massa do Sol. É um evento raro, previsto para ocorrer a cada 50 anos na Via Láctea. Uma supernova pode ser tão brilhante quanto uma galáxia, mas, com o passar do tempo, a luminosidade diminui até ela se tornar invisível. O processo todo geralmente ocorre em semanas ou meses. Durante a explosão, cerca de 90% da massa estelar é expulsa. Por causa do brilho intenso, são comumente usadas como pontos de referência no universo para cálculo de distância entre os corpos.
Mesmo com curto "período de vida", o estudo dessas supernovas é importante para trazer mais informações sobre o Universo em que vivemos.
(Da redação)