domingo, 29 de junho de 2014

Nasa testará 'disco voador' com tecnologia para explorar Marte



A Nasa, a agência especial americana, se prepara para testar uma espaçonave muito parecida com um disco voador.
Na verdade, o LDSD (sigla em inglês do Desacelerador Supersônico de Baixa Densidade) é uma amostra do tipo de tecnologia que a raça humana precisará para pousar em Marte.
O LDSD será lançado de uma altitude elevada a partir de um balão posicionado sobre o Havaí.
Ele testará um novo tipo de paraquedas e um anel inflável de kevlar que pode ajudar a reduzir a velocidade da espaçonave quando ela se aproximar da superfície do planeta vermelho.
A Nasa diz que está tentando elevar a capacidade máxima de carga que pode ser levada para Marte da atual 1,5 tonelada para algo entre 20 e 30 toneladas – o peso do equipamento que uma missão tripulada exige.
Ian Clark, pesquisador do LDSD, disse à BBC News: "Nós estamos testando tecnologias que nos permitirão pousar maiores e mais pesadas cargas úteis, de uma maior altitude e com mais precisão do que jamais fomos capazes".
O teste acontecerá em uma base de testes da mísseis da Marinha americana em Kauai, no Havaí.
Um balão de hélio levantará o LDSD a uma altitude de 35 quilômetros antes de soltá-lo.
Um motor de propulsão a foguete deve então elevar o dispositivo a 55 quilômetros de altura a uma velocidade de Mach 4 (quatro vezes a velocidade do som).
Quando o LDSD começar a reduzir a velocidade, ele acionará seus dois novos sistemas de freios atmosféricos.
'Donut'
O primeiro a ser acionado será o "donut", um dispositivo inflável de 6 metros. Ele aumentará o tamanho do veículo e como consequência a força de arrasto.
Quando a velocidade cair para cerca de Mach 2,5, o paraquedas será acionado. "O paraquedas supersônico que estamos testando é enorme", diz Ian Clark.
"Ele tem 30 metros de diâmetro; ele gera duas vezes e meia o arrasto de qualquer paraquedas anterior que mandamos a Marte".
"Vamos levar o equipamento ao limite no qual os materiais dos quais o paraquedas é feito, nylon e kevlar, podem começar a derreter".
"Mas não sabemos, por isso vamos fazer esse teste".
Se as estruturas se mantiverem intactas, o paraquedas deve soltar o LDSD no oceano em 45 minutos.
O plano da Nasa é fazer um novo teste no ano que vem, com um anel e um paraquedas maiores.
A sonda Curiosity, de uma tonelada, é o maior objeto que já pousou em Marte até agora.
Acredita-se que essa capacidade de carga terá que ser muito aumentada para que astronautas possam receber todos os suprimentos e equipamentos necessários para sobreviver no planeta.
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quarta-feira, 25 de junho de 2014

Descoberta estrela que pode ser diamante do tamanho da Terra

B. Saxton (NRAO/AUI/NSF)
Estrela de diamante
Os astrônomos estão empolgados com a descoberta de uma estrela de diamante do tamanho da Terra. Um artigo sobre a descoberta foi publicado na revista Astrophysical Journal.
A estrela em questão é a anã branca mais fria e com o brilho mais fraco já identificada. Esse tipo de estrela costuma ter o tamanho da Terra e está em seu estágio final. Perto da morte, elas esfriam e desaparecem, em um processo que pode demorar bilhões de anos.
Como é extremamente fria e é formada de carbono e oxigênio, os astrônomos acreditam que o carbono foi cristalizado, formando um diamante gigante. Essa estrela está no sistema binário PSR J2222-0137 composto por ela e por um pulsar, ou seja, uma estrela de nêutrons extremamente densa que gira em altíssima velocidade.
Os astrônomos descobriram esse diamante gigante a partir de observações feitas em instrumentos do Observatório Nacional de Radioastronomia (NRAO) e em outros observatórios.
Primeiro, eles identificaram um pulsar. Ele girava 30 vezes por segundo e estava gravitacionalmente ligado a um segundo corpo celeste, a anã branca. Cálculos determinaram a distância do sistema em relação ao planeta Terra, que é de 900 anos-luz.
Os cálculos dos cientistas também indicam que o pulsar tem uma massa 1,2 vez maior que a do Sol. Já a estrela de diamante tem uma massa 1,05 vez maior do que a do Sol, condensada em um diâmetro parecido com o da Terra.
Segundo os pesquisadores, outras estrelas desse tipo já foram identificadas no universo. Mas sua detecção é extremamente rara, pois elas têm um brilho muito fraco. Por serem comuns, resta a esperança de que uma dessas estrelas seja encontrada mais perto da Terra para que seja possível precisar se realmente são feitas de diamante.